"Aquela longa praia lusitana", terra de Heróis e Descobridores, conhecida ficou pela sua gloriosa história. Fora o primeiro Império Global e o último a morrer.
Em 1134, Portugal nasceu com as sucessivas vitorias do seu primeiro rei, D. Afonso Henriques. Muitos anos após grandes disputas entre Portugueses, Castelhanos e Mouros, em 1385 Portugal toma um novo rumo. Após a sua gloriosa vitória contra os Castelhanos, em Aljubarrota, Portugal iniciou a Era dos Descobrimentos. Primeiro veio a conquista de Ceuta onde os Brasões de Portugal bem "assinalados" ficaram. De seguida, toda a costa africana fora pisada por Portugueses. Após o grande feito de Bartolomeu Dias, a Índia foi descoberta por mar pelo valente Vasco da Gama. Poucos anos depois o Brasil, no sul da América, torna-se território português.
Com tantas conquistas e vitórias, "espalhar a fé e buscar ouro" (frase de Infante D. Henrique) tornara-se lema de Portugal.
Portugal não foi excepção na decadência dos maiores Impérios. O século XX, fora o século de morte do nosso glorioso Portugal Imperial. Os Portugueses, descendentes de Heróis e Descobridores, tão ilustres mantêm esquecidos e adormecidos no sudoeste europeu, o que transparece no Fado, preto e bem cantado, representando o seu luto e choro do seus tempos maravilhosos.
Contudo, estamos no século XXI, e um novo caminho de prosperidade se constroí. Um caminho onde o passado vive lado a lado com o futuro. Jovens, é a nossa vez!! É a nossa oportunidade de tornarmo-nos novamente Heróis e termos esperança no futuro que se avizinha.
por Paulo Guilherme Peixoto
Foi no ano de 1477, durante a guerra com Castela, que uma enorme esquadra andaluze, mandada pelo rei de Castela, de 35 navios e outras tantas dezenas de embarcações menores foram encarregues de aniquilar todas as embarcações lusas que se lhes tomassem pelo caminho.
Curiosamente, percorrem mares e costas e não encontram nenhum vestígio. Dirigiram-se então até às ilhas Canárias, onde percorreram baías e rios em busca de navios portugueses, mas sem sucesso algum, apenas conseguiram embarcações de pequeno porte numa das ilhas de Cabo Verde. A esquadra terá, posteriormente seguido para sul, pela costa de África, assaltando várias feitorias portuguesas, que com alguma resistência lhes terão feito frente. p>
O príncipe D.João, sabedor do ataque, tomou medidas, e reforçou medidas junto ao cabo de São Vicente, local obrigatório de passagem para os castelhanos quando voltassem para Sevilha.
Quando a enorme esquadra andaluze, carregada de mercadorias adquiridas ao longo da viagem, se aproximava do cabo de São Vicente, surge-lhe a frota lusa.
As Caravelas portuguesas, estavam equipadas com nova artilharia de grosso calibre, então colocado à prova, e que com tiros rasantes se tinham mostrado devastadores.
Em pouco tempo os castelhanos renderam-se. A enorme e poderosa frota tinha sido derrotada.
As embarcações castelhanas foram tomadas e levadas para Lisboa, onde lhes trocaram as bandeiras.
É caso para dizer, que o feitiço se virou contra o feiticeiro.
por João António Peixoto
Portugal nasceu em 1143, data em que se tornou um estado independente, quando da Conferência de Zamora, tratado de paz que fora celebrado entre o novo rei D.Afonso Henriques e D.Afonso VII de Leão.
É importante assinalar, a jure de 1179, data da bula Manifestis Probatum, que era um documento que tomava o rei luso e os seus herdeiros sob a protecção da Santa Sé, que prometia ajuda papal para a defesa da dignidade régia..
por João António Peixoto
”Um capitão avista terra. Alguns dos seus marinheiros choram emocionados. Um deles coloca a mão sobre o peito e diz:
- Que bom voltar a ver-te. Obrigado meu Deus.
E uma pomba branca voa sobre a embarcação.”
A 10 de Julho de 1499, a nau de Nicolau Coelho chega a Cascais, trazendo consigo a boa nova: a descoberta do caminho marítimo para a Índia que permaneceu em segredo até à chegada de Vasco da Gama (dois meses depois, após ter ficado retido nos Açores devido à doença e morte do seu irmão Paulo da Gama). “O ambiente em Lisboa é de euforia e de paixão de se ser português.”
As notícias dos novos mundos eram fascinantes, e como tal, como sempre foi, os portugueses têm o dom de sonhar sempre mais alto. Gaspar Côrte-Real, com o desejo de descobrir novas terras, partiu para ocidente-norte. Após vários dias de navegação, acabou por chegar a uma terra bastante fresca e repleta de árvores, designada presentemente de Terra Nova. Depois abordou outras regiões seguindo ao longo da costa do Norte da América voltando para Lisboa com o objectivo de colonizar a ilha que descobrira. Voltou a partir em Maio de 1501 (desconheço se terá levado colonos portugueses) e nunca mais voltou. O seu irmão Miguel Côrte-Real, partiu à sua procura em 1502, e também nunca mais voltou. Um terceiro irmão, chamado Vasco Eanes quis ir ao encontro dos seus irmãos com duas naus, mas o rei D. Manuel não permitiu.
A questão coloca-se: O que é que aconteceu às naus portuguesas?
Na realidade, Gaspar não terá sido o primeiro português e Côrte-Real a colocar os pés na Terra Nova, pois João Côrte-Real (pai de Gaspar, Miguel e Vasco Eanes), terá explorado terras Norte-Americanas por volta de 1472. E é também de referir que os navegadores João Fernandes Lavrador e Pêro de Barcelos teriam chegado à Gronelândia e Terra Nova em 1495.
Terra Nova
”- Devem existir por essas terras do norte, dragões capazes de queimar e devorar os nossos barcos num único instante. - comentava um Fidalgo em Lisboa.”
Enquanto confirmava-mos as datas e acontecimentos com informação presente na Internet, deparei-me com informações que davam uma continuidade a esta história. Existe uma pedra com 40 tonelas, que esteve dentro de água até 1965 na margem esquerda do Rio Taunton, situada numa região a sul de Boston. Esta estranha pedra estava repleta de gravações. Ao longo de vários anos, e de acordo com várias teorias, as inscrições foram atribuídas aos índios, aos fenícios e aos vikings; quando em 1918 foi detectado na pedra o nome de Miguel Corte Real e a data de 1511 (com o 5 em forma de S, como era característico na época), e em 1951, três cruzes da Ordem de Cristo na mesma pedra. A Pedra de Dighton possui também outros símbolos nacionais como o escudo português em forma de U e o escudo português em forma de V. A pedra está presentemente no museu local. O nome na pedra é atribuído ao mesmo navegador que partiu de Lisboa, e que nunca mais voltou.
É muito provável que o capitão Miguel Côrte-Real tenha atingido a Terra Nova e tenha seguido para sul à procura do seu irmão. O local onde está a pedra significa que as embarcações chegaram até terras norte-americanas. Há que salientar e enaltecer a coragem de todos aqueles homens que partiram para o norte e não voltaram a ver as suas terras e aqueles que mais amavam. Mas a questão permanece: O que é que lhes terá acontecido? Talvez um dia alguém descubra um “diário de bordo” algures, que conte o resto da história.
Na realidade quase os consigo imaginar numa noite calma de céu aberto, a olharem e a admirarem as estrelas que os ilumina vivamente, fazendo-os mergulhar no mistério de tudo aquilo, num silêncio profundo e mágico, relembrando-lhes os seus melhores momentos. Portanto, lembrem-se que a nossa história não se faz apenas no presente, mas também se faz no passado, é só necessário encontrar as peças do puzzle e saber colocá-las no local certo.
João Vaz Corte Real e Álvaro Martins Homem efectuaram viagens no Atlântico Norte, no entanto desconhecem-se pormenores. Quando chegaram à ilha Terceira nos Açores, o capitão da ilha tinha desaparecido. Através de um pedido dos navegadores, foi-lhes entregue a ilha, que foi dividida em duas capitanias.
Em 1492, João Fernandes Lavrador e Pêro de Barcelos pedem licença para navegar no atlântico norte. Chegaram à América do Norte onde exploraram terra e ilhas durante três anos. Os mapas feitos a partir do século XVI denominam as terras a norte da Terra Nova, de Labrador. Pensa-se que se deve a atribuição ao facto de ter sido descoberta pelo navegador João Lavrador.
Os três irmãos Corte-Real eram na realidade filhos de João Vaz Corte Real.
A descoberta da Terra Nova por Gaspar Corte Real foi anunciada por uma nau em 1502, que chegou a Lisboa com homens e mulheres recolhidos na Terra Nova.
Miguel partiu à procura do irmão com uma armada de três naus, que se separou na Terra Nova. A nau de Miguel foi a única que não voltou.
Em 1505, pescadores de Aveiro e Viana do Castelo pescam na Terra Nova e em 1506, famílias portuguesas emigram para a região e para outros pontos da costa do Canadá.
Em 1574, o rei D.Sebastião nomeia Manuel Corte-Real (neto de João, que era filho de Vasco Eanes Corte-Real que foi impedido pelo rei D. Manuel de procurar os irmãos) como capitão da Terra Nova.
Gaspar Corte Real A Pedra de Dighton
Texto de Paulo Guilherme Peixoto e de João António Peixoto
Em 1530 Duarte e Diogo da Fonseca enquanto navegavam junto à costa de Madagáscar recolheram vários náufragos portugueses, que referiram haver vários companheiros a explorar a ilha. Na realidade em 1527 dois navios de Manuel Lacerda tinham naufragado naquela região de S. Lourenço (Madagáscar). Em 1613 Paulo Rodrigues da Costa encarregue de explorar a costa de S. Lourenço, obteve informações de que há cerca de cem anos tinham ali naufragado embarcações e de que os sobreviventes se tinham instalado numa zona a trinta quilómetros da costa, numa pequena ilha de um rio a que denominaram de ilha de Santa Cruz. Estes homens possuidores dos símbolos nacionais, uniram-se com mulheres indígenas e para admiração dos exploradores de 1613, haviam habitantes locais com nomes portugueses como João Pinto, Maria Pinto e João Rebelo. Segundo um indígena, esse local tinha-se transformado numa cidade populosa. Um velho local com cerca de 90 anos referiu aos exploradores de 1613, que conhecera esses homens brancos e que os observava a caçar com espingardas. Texto de Paulo Guilherme Peixoto e de João Amendoeira
Em 1542, três naus portuguesas, comandadas por Francisco Zeimoto, António Peixoto e António da Mota, foram arrastadas por uma tempestade, impedindo as embarcações de chegar a bom porto em terras orientais. Após alguns dias à deriva, as embarcações avistam terra japonesa. A chegada dos portugueses ao Japão, é situada algures entre 21 e 24 de Setembro de 1542.
Texto de Paulo Guilherme Peixoto e de João António Peixoto
por Paulo Guilherme Peixoto
por Paulo Guilherme Peixoto
Cronistas e historiadores retractam-no como uma pessoa exemplar, cruzado, piedoso, um sábio da ciência com especial queda para a Matemática e para as suas aplicações à ciência náutica. As pessoas chegaram mesmo a considerá-lo fantasista quando obrigou Gil Eanes a dobrar o cabo Bojador, supostamente já com o secreto propósito de ir até à Índia.
por Paulo Guilherme Peixoto
Grandes Descobridores portugueses como Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, Pedro Alvares Cabral e Cristóvão Colombo pertenciam à Ordem de Cristo. Todos estes navegadores tinham o símbolo da Ordem de Cristo nas velas das suas embarcações. Embora Cristóvão Colombo navegasse à mercê do rei de Espanha, não deixava de ser da Ordem de Cristo. Mais tarde, por volta de 1580, Portugal, a maior potência mundial, foi conquistada facilmente por Espanha. O exército de Portugal era um dos melhores do mundo, assim como a sua marinha, mas quando D. Sebastião invadiu o norte de África , perdeu essa grande frota terrestre na batalha de Alcácer – Quibir. A marinha estava em alto mar, protegendo as colónias portuguesas. Daí digo que Espanha conquistou facilmente Portugal. A partir de desse ano a Ordem de Cristo foi obrigada a aceitar navegadores de Espanha. Daí em muitas situações, como em filmes ou em imagens, as embarcações espanholas aparecerem com o símbolo de Ordem de Cristo nas suas velas.
D. Dinis Símbolo da Ordem de Cristo
Da grande missão histórica do País, o contributo da Ordem de Cristo foi determinante para o êxito dos Descobrimentos Portugueses.
por Paulo Guilherme Peixoto
Luís Vaz de Camões
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